quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

MANAUS:ATERRO SANITÁRIO VIRA LIXÃO A CÉU ABERTO


O aterro sanitário de Manaus, localizado no km 13  da rodovia AM-010, guardadas as devidas proporções, em nada fica a dever aos depósitos onde são descartados os resíduos sólidos, ou o lixo, propriamente dito, na grande maioria das cidades do interior do estado do Amazonas. Ou seja, nada de aterro sanitário. Os resíduos sólidos são jogados em lixeiras mesmo, a céu aberto.

 
Conforme comprovado pela reportagem do Portal do Holanda que, em companhia do ambientalista Antonio Frederico Cortez visitou “aterro sanitário” de Manaus, o lixo que deveria receber uma camada de terra logo após o final da jornada, ou em intervalos menores, é apenas empurrado e espalhado pelas máquinas para os espaços mais vagos.

Por questão de ordem burocrática, a reportagem não conseguiu chegar ao local onde se concentra o grosso do lixo. Mas até onde foi possível chegar, não há dúvida, segundo o ambientalista,  de que a  empresa responsável pelo aterro sanitário de Manaus, a Tumpex, "não tem cumprido com a política nacional de resíduos sólidos, conforme descreve o artigo 54, do decreto 12.305 de 2010".
"A gestão e o gerenciamento do resíduo sólido de Manaus, previsto mno  plano diretor da cidade, não está acontecendo. O decreto 12.305 prevê que até outubro do próximo ano não poderá haver mais lixão por causa dos problemas de caráter social e ambiental provocados por ele (lixão). Logo, é preciso que haja destinação adequada, diferente do que ocorre, hoje, com o lixo de Manaus”, observa Antonio Frederico Cortez .

Para o ambientalista, a própria localização do aterro é inadequada, não só devido a proximidade com o aeroporto Eduardo Gomes, mas também pela formação de grandes "nuvens" de urubus que ocorrem com frequência na área e que colocam em risco a navegação aérea”, completa.
Diz o  ambientalista que o simples despejo do resíduo em lixeira a céu aberto é uma prática criminosa que fere as normas ambientais, provoca danos irreversíveis ao o meio ambiente, além de trazer séria ameaça à saúde pública.
“Não é exagero dizer que nas atuais condições a lixeira de Manaus perdeu o status de aterro sanitário. Espalhar o lixo, sem aterrá-lo, pressupõe a ausência de drenos de gás e de superfície, ausência de camadas de cobertura e impermeabilizante”, destaca.
Fora dos limites da imensa área descampada que deu origem ao aterro sanitário de Manaus, ao longo do ramal do “Janjão”, a reportagem cruzou considerável porção de área verde onde centenas de urubus residem e são encontrados às centenas.
Reza a cartilha ambiental que aterro sanitário é a técnica de disposição de resíduos sólidos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais.
Portal do Holanda

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